Slide

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

A ÁRVORE DA SAUDADE

Saudações caríssimos leitores e amigos!

Hoje venho deixar uma mensagem sobre um sentimento nostálgico que nos liga a alguém ou algo ausente. Isso mesmo. A saudade. Saudade de um momento, saudade de alguém, saudade de um tempo de infância... das brincadeiras e travessuras, onde os pés descalços corriam na terra e na lama para trazer a felicidade e a ternura ao coração pequeno, porém grande, de qualquer criança sonhadora. Saudade também dos familiares, dos amigos e de tudo mais. Aquele sentimento nobre que mantém acesa a chama que serve de conexão com um passado ainda vivo no interior de cada um. A jornalista , escritora e poetisa brasileira Martha Medeiros descreve um pouco desse sentimento em um trecho de um dos seus poemas: 


"Sinto falta de 
Lugares que não conheci
Experiências que não vivi
Momentos que já esqueci.

***
Eu sou 
Amor e carinho constante
Distraída até o bastante
Não paro por um instante..."



Escolhi esse trecho do poema "Vivendo e Aprendendo" porque encaixa na ideia da postagem de hoje. Chamou-me atenção para o fato de que isso tudo se liga ao amor... saudade é uma via para o amor. Percebemos nas estrofes acima que a primeira se liga à saudade, logo, a próxima fala de amor... e as duas estão intimamente ligadas. Por isso, trago uma poesia que traz um pouco de saudade ligada à um ser vivo, e que essa saudade foi semeada e colhida ao redor desse ser... alguns chegaram a senti-la de maneira adequada, outros, no entanto, apenas se depararam com as consequências do que restou dela. Desfrutem agora de outra obra de minha autoria: 

A ÁRVORE DA SAUDADE




Em um aclive não muito extenso, ela tinha sua morada.
Longe de toda aquela selva de pedras da cidade,
Tinha toda sua exuberância pelas estações transformada.
Um dom encantador que não precisava de liberdade.

***

Meninos e meninas adoravam dependurar-se nela,
As brincadeiras eram mais divertidas lá em cima.
Seus fartos galhos que seguiam eram como uma viela.
Cada vez mais estreitos até atingir aquela forma fina.

***

Nas tardes quentes de verão ela provia uma bela sombra,
Enorme e tão convidativa, que até idosos se aproveitavam.
No inverno, era refúgio de muitos errantes na penumbra.
Um abrigo que assolava os que invadiam e a tomavam.

***

Enquanto os apaixonados nela marcavam todo seu amor,
Os rivais a usavam para delimitar um perímetro árduo.
Muitos amores ali começaram e vingaram com ardor,
Muitas tristezas também passaram com um ar assíduo.  

***

O tempo passou e ela sobreviveu a violentas tempestades.
Um forte carvalho que não se deixava abater facilmente.
Hoje ainda predomina naquele chão com toda beldade,
Onde muitos ainda vão relembrar de um passado vivente.

Por: Thiago de Moura L. Oliveira

2 comentários:

  1. Olá Thiago... Sou estudante de arquitetura e quero sua permissão para incluir o poema A árvore da saudade no meu trabalho de graduação. Se possível entre em contato comigo pelo meu email roselanepaiva@yahoo.com.br.

    ResponderExcluir